sábado, 25 de agosto de 2012

CEGO DE SI

Sofro quando meço no outro,
o que vejo faltar em mim,
preciso o que dele é dono,
por estar medido em mim.

Sou fronteira inabitável,
um olho cego de si,
que se perde,
na miragem de um conhecedor
que tudo mede
mas não é medido.

Sou medida de confins
não caibo nos sonhos
que me fiz.
Nego serem meus,
nego ser quem os quis,
o outro me ilude, 
é ele que me sonha. 



Marcos tavares 






Um comentário:

  1. oi Marcos,
    bonito poema.
    claro, pode postar meu texto aqui, em seu blogue.
    um beijo

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